Os tratamentos integrativos, conhecidos como terapia complementar ou integrativa, podem ser usados por pacientes oncológicos somados aos protocolos médicos regulares e trazem benefícios significativos para o dia a dia, principalmente em caso de mal-estar. Existem estudos que apontam o uso de algumas técnicas para um maior relaxamento, diminuição da tensão, redução da ansiedade e para amenizar a dor, por exemplo.
Veja quais são as técnicas complementares recomendadas pelos médicos:
Acupuntura: estudos mostram alívio de náuseas e dores causadas pela quimioterapia com o uso dessa terapia. A técnica é segura se realizada por profissional autorizado e que use agulhas descartáveis. A acupuntura não é recomendada se o paciente estiver recebendo medicamentos para o afinamento do sangue ou se a contagem das células sanguíneas estiver baixa. É importante verificar com o médico se há liberação para esse tratamento e quais são os profissionais recomendados.
Aromaterapia: utilização de óleos aromáticos traz a sensação de calma ao serem aplicados na pele durante massagem ou em banhos. Os óleos podem estar levemente aquecidos para maior liberação das fragrâncias. A técnica proporciona alívio de náusea, dor e estresse. Pessoas com tendência a alergias de pele precisam estar mais atentas.
Biofeedback: usa a mente para controlar várias funções do corpo, como batimentos cardíacos e fluxo sanguíneo. São utilizados aparelhos para monitorar tensões musculares e frequência cardíaca, por exemplo. Auxilia de forma consistente no controle da dor causada pelo câncer.
Atividade física: exercícios leves e sem impacto, como caminhada e natação, podem aliviar a fadiga e o estresse, e ajudam a dormir melhor. A prática de 30 minutos de atividade física, pelo menos 3 dias na semana, é o recomendado para pacientes em geral.
Hipnose: é um estado profundo de concentração que ajuda a relaxar. A técnica pode prevenir náuseas e vômitos antecipatórios, e se realizada por profissionais qualificados é segura. Pacientes com doença mental pré-diagnosticada precisam de liberação médica para a prática.
Massagem: permite que a tensão muscular e o estresse sejam aliviados, promovendo relaxamento. Também reduz ansiedade, fadiga e estresse. A prática é segura se realizada por profissional qualificado, mas não é indicada para pacientes com a contagem baixa de glóbulos sanguíneos. É importante evitar massagens próximas a cicatrizes cirúrgicas, áreas de tratamento radioterápico ou tumores. Se o câncer estiver nos ossos ou existirem outras doenças ósseas (como osteoporose), utilizar massagem de leve pressão e não profunda.
Meditação: estado de concentração, acompanhadO por uma respiração profunda ou por exercícios de relaxamento. Ajuda pacientes com câncer pelo alivio de ansiedade, dor e estresse. É possível meditar por iniciativa própria, com aplicativos segmentados, ou a partir de aulas com um instrutor.
Musicoterapia: pacientes podem ouvir músicas, tocar instrumentos, cantar ou escrever canções. A musicoterapia pode ajudar a aliviar a dor e controlar náuseas e vômitos. É segura e não requer nenhum talento para participar.
Yoga: combina alongamento com exercícios respiratórios profundos. Durante a sessão, pacientes colocam seus corpos em várias posições – de torções, de inclinações e de alongamentos. Pode aliviar estresse, além de melhorar o sono e reduzir a fadiga. Antes de iniciar a prática, receber recomendação médica, já que algumas posturas precisam ser evitadas.
Arteterapia: une diversas técnicas de arte, como pintura, música e outras técnicas manuais, para recuperação do paciente. Médicos apontam que essa técnica é capaz de melhorar o sistema imunológico dos pacientes. Uma pesquisa recente publicada no “European Journal of Cancer Care”, na Suécia, mostra a melhora significativa da qualidade de vida e da saúde física e psicológica dos pacientes em tratamento de radioterapia, e redução de efeitos colateral. Especialistas afirmam que arte-terapia é uma ferramenta poderosa na reabilitação, por colaborar com a construção de uma autoimagem mais positiva, maior expressão sentimentos, controle sobre a vida pessoal e redução do estresse.
Assim, conhecer a si mesmo, ter conhecimento sobre diferentes alternativas complementares de tratamento e manter a mente aberta pode levar o paciente à reabilitação por um caminho mais sereno.