‘Estresse’ se tornou uma palavra comum na rotina da sociedade contemporânea e, normalmente, vem associado à inabilidade de lidar com situações complexas. Em um tratamento contra o câncer, o estresse pode ser uma reação permanente do corpo, diante das adversidades enfrentadas pelo paciente. No entanto, quando negligenciado pode enfraquecer o sistema imunológico provocando outros problemas de saúde, diminuindo as sensações de bem-estar e atrapalhando o tratamento. Por isso, é preciso compreender como ele surge, como evitá-lo e gerenciá-lo.
O estresse é uma reação natural do organismo que ocorre diante de perigos ou ameaças. Esse mecanismo coloca um indivíduo em estado de alerta, provocando alterações físicas e emocionais. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas. Mas, muitas vezes, essas situações demandam mais do que é possível lidar naquele momento, seja por questões emocionais, psicológicas ou físicas. Esse esforço demasiado sob pressão causa o estresse. Em resposta, o organismo sofre diversas alterações e libera uma série de reações químicas e, consequentemente, fisiológicas.
Assim, diante de um diagnóstico de câncer, o paciente pode se cercar de iniciativas que o auxiliem a evitar reações de estresse mais nocivas. O primeiro passo é compreender a fundo o seu caso e não ficar com dúvidas ou medos infundados. A dica aqui é anotar todas as questões que vierem à mente, desde as mais simples até as mais complexas, todas são válidas, e levá-las para a consulta com o médico. Ao saber o que esperar, a pessoa fica mais preparada para os impactos da doença e poderá planejar estratégias para se sentir melhor. Uma ferramenta interessante nesta etapa é o uso do app Thummi, que permite relatos diários de sentimentos e sintomas, formando um completo diário que pode ser acesso pelo oncologista, facilitando a rotina e ajudando na tomada de decisões.
Outra iniciativa eficiente para evitar o estresse é manter um estilo de vida saudável, cuidando da alimentação, das relações sociais, da saúde física e mental. Este conjunto de ações podem trazer mais energia para o dia a dia e reduzir as más reações do organismo. Para isso, é preciso ingerir alimentos balanceados e manter-se ativo, praticando exercícios adequados, sempre com o acompanhamento de um profissional da saúde. Uma vida saudável também envolve relações interpessoais saudáveis, por isso a importância de cultivar bons relacionamentos e manter uma comunicação ativa com as pessoas, isso ajuda a reduzir os níveis de ansiedade.
Mas o que fazer quando o estresse já faz parte da realidade de alguém? Para gerenciá-lo é fundamental entender os próprios limites e, a partir disso, elencar as tarefas de rotina possíveis, que podem envolver a saúde e o bem-estar, mas também o trabalho, a casa e a família. Concentrar esforços em coisas realmente são possíveis de controlar é um grande trunfo desta etapa. Pessoas que conseguem ser mais flexíveis mantêm o nível de estresse baixo. Às vezes, o único aspecto de um problema possível de controlar é como se reage a ele. A dica aqui é estar sempre de olho em como poupar energia para gastar em situações verdadeiramente importantes e que precisarão de mais vigor e vitalidade. Respirar e inspirar, parar e observar, e, então, agir. O estresse dificilmente sobrevive a alguns segundos de pausa e uma mente preparada para as adversidades.