Estudo lançado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostra o impacto da pandemia no
Brasil para o triênio 2020-2022. Segundo análise, o País terá 625 mil novos casos de câncer a
cada ano, até 2022. Ainda, correlaciona a problemática ao desenvolvimento de fatores de risco
à saúde da população durante a pandemia de Covid-19, como o aumento dos índices de
obesidade, do consumo de tabaco e álcool, do sedentarismo e da manutenção de dietas
pobres em vegetais.


Assim, o INCA traçou estimativas sobre os novos casos de câncer, segmentado por tipo e
gênero, para o período especificado na pesquisa. “Depois do câncer de pele não melanoma
(177 mil casos novos), os mais incidentes serão os de mama e de próstata (66 mil cada), cólon
e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil). Separados por sexo, os mais frequentes
nos homens, excluindo-se pele não melanoma, serão próstata (29,2%), cólon e reto (9,1%),
pulmão (7,9%), estômago (5,9%) e cavidade oral (5,0%). Nas mulheres, também sem contar o
não melanoma, os mais incidentes serão os de mama (29,7%), cólon e reto (9,2%), colo do
útero (7,4%), pulmão (5,6%) e tireoide (5,4%)”, detalha o relatório.


Para o câncer infanto-juvenil (de 0 a 19 anos), estudos nacionais e internacionais demonstram
que essa categoria equivale a 3% do total dos casos novos de câncer, descontando-se os de
pele não melanoma. A diretora-geral do INCA, Ana Cristina Pinho, explica que os avanços, além
dos maus hábitos adquiridos no período de isolamento social, também são resultado da atual
condição socioeconômica. “Quanto mais a população se desenvolve, mais cresce a expectativa
de vida e aumenta o número de casos de câncer ligados ao envelhecimento, à urbanização e à
industrialização, como os de mama e próstata. Já nas populações com menor índice de
desenvolvimento, os cânceres mais frequentes são os do colo do útero, estômago e fígado”,
analisa.


Com todo o detalhamento sobre o futuro do câncer no Brasil, promovido pelo Instituto, fica o
questionamento sobre como o problema será resolvido nos próximos anos. Ações de
conscientização sobre a realização de exames e investimentos em tecnologia avançada já
estão sendo implementadas pela área oncológica de hospitais e clínicas, prevendo estes novos
parâmetros. E para auxiliá-los nessa tarefa, surge o empenho das healthtechs – startups
voltadas a resolverem os problemas do setor de saúde.


Com iniciativas de inovação, as helthtechs trazem novas soluções para um setor
extremamente delicado, como o da saúde, que vive em sobrecarga desde o início de 2020.
Estas empresas auxiliam o segmento promovendo mudanças no segmento. Assim, unem o
empreendedorismo à tecnologia, possibilitando o acesso ampliado a novos caminhos na cura
contra o câncer e a melhores tratamentos.


Ferramentas desenvolvidas para o monitoramento da doença e de pacientes impulsionam este
momento de união de esforços em busca de melhores condições de vida na área da oncologia.
No cenário de inovação tecnológica, o aplicativo Thummi mostra benefícios que vão ao
encontro desta visão de futuro, em que a o câncer precisa de instrumentos que promovem o
avanço nos cuidados e ofereçam indicadores que tornem o tratamento mais preciso e
assertivo. Como exemplo, o app permite o mapeamento da jornada do paciente, o
monitoramento remoto de todo o processo, a otimização dos registros dos eventos através de
um algoritmo médico, e reduz custos para operadoras de saúde e projetos específicos da
indústria farmacêutica.


Assim, a tecnologia tem promovido uma junção de potencialidades de mercado que pretende
trazer números mais otimistas para o futuro das pessoas com câncer.