Logo depois dos dias frios de inverno começa uma das estações mais belas do ano: a primavera. Repleto de cores, o mês de setembro dá início a uma época em que atividades ao ar livre e próximas à natureza se tornam mais convidativas. Mas junto à exuberância das flores chegam as doenças respiratórias, mais comuns em climas secos e potencializadas pela pulverização natural do pólen e a maior incidência de ácaros e bactérias. No Brasil, as estações do ano se apresentam de maneiras e intensidades diferentes, por isso a incidência de casos varia bastante em cada região, mas os cuidados são os mesmos.
As manifestações alérgicas ou sintomas reativos a pólen, pó, flores e ao ressecamento do ar são frequentes entre os meses de setembro e dezembro em todo o país. As mudanças de temperatura – maior ou menor umidade, frio ou calor intenso – causam desequilíbrio da imunidade e estão relacionadas ao aumento de problemas respiratórios, especialmente em crianças e idosos. A rinite, a asma, os problemas de tosse e a obstrução brônquica também se agravam neste período com o ar seco.
Os principais sintomas das alergias respiratórias são muitos semelhantes a um resfriado, com presença de coriza, espirro e incômodo no nariz, na boca, na garganta ou nos olhos, mas por um tempo mais duradouro. Para prevenir estes incômodos é importante atentar para alguns cuidados, como fazer lavagem nasal frequentemente, evitar bichos de pelúcia e brinquedos que acumulam poeira; na limpeza da casa, preferir aspirar o pó a varrê-lo com vassoura; não usar travesseiro de pluma; não optar por produtos de higiene com fragrância acentuada; não dormir no mesmo ambiente que os pets; e ventilar os ambientes.
No caso da asma são mais comuns a falta de ar, o chiado ou aperto no peito e a tosse. As crises são ocasionadas quando os brônquios ficam inflamados, principalmente quando entram em contato com poeira, pólen, ácaros, poluição, fumaça de cigarro, ar frio ou na prática excessiva de exercício físico, dificultando a respiração. Para quem sofre com esta doença os cuidados precisam ser maiores, já que não tem cura e pode trazer riscos graves à saúde. Aqui é essencial evitar ambientes fechados, pouco ensolarados e sem ventilação; arejar bem a casa; lavar roupas de cama com frequência e reforçar cuidados com a limpeza dos ambientes; evitar qualquer tipo de exposição à fumaça e poeira; manter vacinação em dia; praticar exercícios físicos regularmente e de forma controlada.
As doenças na primavera, como em qualquer outra estação, têm suas características específicas e podem ser evitadas ou controladas com cuidados diários e atenção aos pequenos sinais, que começam lentos e são potencializados com a permanência à exposição. Manter a imunidade fortalecida também auxilia o corpo a enfrentar as mudanças de temperatura, para isso a ingestão frequente de água e uma alimentação balanceada são fundamentais. Esses cuidados devem ser redobrados, especialmente neste momento de pandemia. Atente para o seu corpo e viva a beleza da primavera da melhor forma!