Você sabia que o câncer de pulmão é o segundo mais comum entre homens e mulheres brasileiros e o primeiro em âmbito mundial? Isso porque cerca de 13% dos novos casos de câncer em todo o mundo são de pulmão.
Em levantamento global realizado no ano de 2012, dos 1,8 milhões de novos episódios identificados, cerca de 69% são masculinos e 31%, femininos. No final do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis no mundo. Em cerca de 85% dos casos confirmados, este tipo de tumor está relacionado ao consumo de produtos do tabaco.
Mas esses números vêm caindo ano a ano, diante da menor adesão gradativa ao fumo e o abandono ascendente do tabagismo. O que refletiu na queda da taxa de mortalidade para homens, com redução de 3,8% ao ano e, para as mulheres, 2,3%.
Neste mês, a Campanha Agosto Branco ganha força no País, buscando estimular a diminuição permanente do tabagismo e frear o aumento dos índices de tabagismo. Além da tentativa de conscientizar a população sobre a necessidade de prevenção e a importância do diagnóstico precoce.
O que aumenta as chances do câncer de pulmão
O tabagismo pode se dar de forma ativa ou passiva, ou seja, sendo um fumante de tabaco ou sendo exposto a inalação contínua da fumaça. A poluição do ar, as infecções pulmonares de repetição, o enfisema pulmonar, a bronquite crônica, os fatores genéticos e o histórico familiar de câncer de pulmão favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer.
Saiba como perceber os sintomas da doença
Logo no início, os sinais são imperceptíveis. Por isso, a prevenção é tão relevante neste tipo de câncer. Quando surgem, os sintomas já são um indicativo do avanço do tumor. Os mais comuns são: tosse contínua, catarro com a presença de sangue, dor no peito constante, rouquidão, falta de ar, perda de peso e de apetite. Também, mais presente em pessoas com idade entre 50 e 70 anos.
Entenda como funciona o tratamento
O estágio da doença é o indicador que determina o tipo de protocolo a ser aderido. Atualmente, os tratamentos são estabelecidos de forma individualizada e conforme o caso e a avaliação médica, podendo ser utilizadas cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e radioterapia.
Câncer de pulmão e a Covid-19
A American Society of Clinical Oncology – ASCO lançou um comunicado a pessoas com câncer que têm seu sistema imune comprometido sobre o impacto da Covid-19. Em caso do câncer de pulmão, em especial, a ASCO afirma que a inflamação causada pelo coronavírus gera lesão das células epiteliais pulmonares (células produtoras de surfactante que impede que os pulmões se grudem), entre outras complicações. Por isso, segundo a ASCO, os pacientes devem conversar com seus oncologistas e equipes de saúde para discutir as opções para protegerem-se da infecção. A principal recomendação é que os cuidados sejam redobrados e mantidos para esses pacientes, principalmente.