Tratamento de câncer: o que é imunoterapia?

dez 6, 2018

Imunoterapia é um tratamento que estimula o sistema imunológico através do uso de diversos medicamentos. Os medicamentos utilizados ajudam as defesas do nosso corpo a encontrarem o câncer e combatê-lo.

Nesse tratamento, são observados menos efeitos colaterais…

Geralmente, esse tipo de tratamento causa menos efeitos colaterais do que os tratamentos de quimioterapia ou radioterapia. Isso porque os medicamentos são aplicados nas veias ou abaixo da pele do paciente, com respostas duradouras e uma notável melhora na qualidade de vida.

Mas mesmo assim, a imunoterapia não está escape. Entre os efeitos colaterais observados desse tratamento estão: fadiga extrema, diminuição da pressão arterial, diarreia, erupção cutânea pruriginosa, entre alguns outros.

Os resultados apresentados pela imunoterapia inovaram o campo de tratamento do câncer e por apresentar resultados considerados ótimos, o tratamento de imunoterapia foi eleito o maior avanço contra o câncer no ano de 2016.

Tipos de imunoterapia:

A imunoterapia pode ser ‘ativa’ ou ‘passiva’.

Na imunoterapia ativa são utilizadas substâncias que restauram e estimulam o sistema imunológico. Além de serem administradas no paciente, vacinas de células tumorais afim de intensificar a resistência ao crescimento tumoral.

Já na imunoterapia passiva são utilizadas células mononucleares exógenas ou anticorpos antitumorais que são administrados para intensificar a capacidade imunológica contra a doença.

A imunoterapia mostrou os melhores resultados em pacientes no tratamento de câncer de pele e em estágios de câncer avançado. Mas é recomendado também nos casos de: câncer renal, câncer na bexiga, câncer no cólon, câncer no ovário, mesotelioma (câncer que afeta tecidos celulares no tórax, abdômen e testículo) e câncer no sangue.

No Brasil, o tratamento de imunoterapia já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mas, por enquanto, é oferecida apenas por alguns hospitais privados e instituições públicas com pesquisas clínicas na área.

A principal droga imunoterápica possui moléculas especializadas que asseguram que as células de defesa sejam acionadas apenas quando necessário. Isso para evitar que estas células entrem em ação desnecessariamente, nos casos que não tem a presença de um câncer a ser combatido, o que poderia causar inflamações e doenças autoimunes.

Até a próxima.

Dra. Alessandra Morelle