Descobri que tenho câncer, e agora?

nov 28, 2019

Se você está pensando “descobri que tenho câncer e agora?”, saiba que é muito compreensível esse sentimento de angústia. Eu entendo como o diagnóstico da doença abala o psicológico e o emocional dos pacientes. Todos os planos para o futuro, incluindo as áreas pessoal e profissional, parecem ser interrompidos devido ao tratamento.

As mudanças chegam sem avisar, e você não tem uma previsão de até quando será necessário seguir com o tratamento.

Nessas horas, a informação costuma ser uma das melhores aliadas. Muitos casos de câncer contam com altas chances de cura, sempre variando conforme o estágio que foi descoberto e qual o tipo. Por isso, o conhecimento sobre o assunto afasta medos e inseguranças e melhora a qualidade de vida do paciente.

Acompanhe nosso guia para quem acabou de descobrir a doença lidar com o diagnóstico da melhor forma.

Tenho câncer, e agora? Entenda a doença

Para saber mais sobre o seu tipo de câncer e o estágio em que se encontra, o ideal é conversar com o seu médico. Jamais deixe que uma dúvida assombre seus pensamentos após as consultas. Algumas informações gerais sobre o câncer contribuem para a desmistificação da doença e a segurança do paciente.

Pesquisar histórias sobre pessoas que superaram câncer pode ser uma boa alternativa, desde que você selecione bem as suas fontes. Como sabemos, nem tudo que lemos provém de autoria confiável. Se possível, converse com outros pacientes que já estão realizando o tratamento há mais tempo.

Se você sente que precisa de um tratamento psicológico para te auxiliar nessa fase, procurar um psicólogo é uma boa ideia. Você também pode conferir meu artigo sobre o suporte psicológico durante as fases do tratamento de câncer.

Como surge o câncer?

Todas as células do nosso corpo são constituídas por três partes: membrana celular, citoplasma e núcleo. É no núcleo que estão todas as informações genéticas da células, numa espécie de “memória química” que instrui o funcionamento das células, desde seu nascimento até a morte. Quando essas células sofrem alguma mutação genética, elas passam a receber informações erradas sobre o seu funcionamento, resultando em um crescimento anormal.

Essas alterações podem ocorrer nos genes denominados protooncógenes, que por serem inativos em células normais são considerados especiais. Quando ativados, transformam-se em oncógenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais. Essas células são as cancerosas ( Instituto Nacional do Câncer – INCA)

Diferenciar os tumores benignos dos malignos também é fundamental. Enquanto os benignos tendem a se concentrar em uma única região, os malignos são mais agressivos e se não forem tratados podem se espalhar pelo corpo, colocando a vida do paciente em risco.

Dicas para conviver com o tratamento

Se você ainda está se perguntando: “Tenho câncer, e agora?”, separamos algumas dicas que podem tornar a sua jornada de luta contra a doença mais leve. Além de se informar sempre sobre o seu tratamento, algumas mudanças na rotina podem ser benéficas.

  • Quando estiver em casa, reserve um tempo para não pensar na doença;
  • Converse com seu médico sobre a possibilidade de fazer alguma atividade física, mesmo que leve;
  • Vá ao dentista antes de iniciar seu tratamento de quimioterapia;
  • Alimente-se bem com uma dieta variada;
  • Sempre que possível, saiba pedir e aceitar ajuda, cerque-se de seus familiares e amigos queridos. O apoio deles será essencial nesta nova fase de vida.

Sabemos o quanto o tratamento contra o câncer pode ser desgastante emocionalmente, por isso, cuidar da sua mente e das suas emoções é tão importante quanto cuidar da saúde física durante este período.

Espero ter ajudado!

Alessandra Morelle