O câncer de boca é uma doença com avanço sutil.
Ao contrário de outras neoplasias, o câncer bucal é um tumor praticamente externo, sendo possível de ser detectado tanto pelo paciente, a partir do autoexame, quanto pelo profissional durante um exame de rotina.
Porém em um primeiro momento pode parecer um pequeno machucado como uma afta, não gerando preocupação. Contudo, quando a ferida não cicatriza e permanece aberta por mais de quinze dias, pode ser que seja o início do desenvolvimento de um tumor.
Muitas vezes associado ao uso compulsivo de álcool e cigarros, o câncer de boca possui grande proporção de casos existentes na população.
No Brasil, trata-se de um problema de saúde pública. Em 2017, foram registrador 14.700 casos. Entre eles, 11.200 homens e 3.500 mulheres.
O que ocasiona tantas ocorrências do câncer, principalmente em homens?
Acredita-se que os maiores fatores são o tabagismo e o álcool. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), 90% dos diagnósticos de câncer na boca provém de pacientes tabagistas.
Quando relacionado com o álcool, a probabilidade de desenvolvimento da doença aumenta em 30 vezes.
Nos jovens, a causa é outra. Acredita-se que a principal causa do câncer de boca nos jovens é o vírus do HPV, doença sexualmente transmissível muito comum no país.
As relações sexuais sem proteção, sobretudo, podem acelerar o tumor, o que aumenta a importância em usar camisinha.
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A prevenção é a melhor maneira para diminuir o número de vítimas.
Quando detectada na fase inicial, provavelmente a neoplasia da cavidade oral pode ser controlada e o índice de sobrevida aumenta consideravelmente.
O método mais eficaz de diagnosticar a doença na fase inicial, além de consultas de rotina, é o autoexame. O autoexame pode ser crucial para observar uma possibilidade de câncer de boca e, como resultado, permitir um tratamento imediato.
Em primeiro lugar, com a ajuda de um espelho, analise periodicamente a boca, toda a cavidade oral e a língua. Essa ação deve se tornar um hábito.
Lábios, gengiva, glândulas salivares, garganta e mandíbula são as partes mais importantes para analisar. Também fique atento para sangramentos, caroços, mudança de coloração, feridas e lesões que demoram para cicatrizar.
Analisar a boca periodicamente, observar o aspecto da língua e de toda a cavidade oral (lábios, mandíbula, gengiva, glândulas salivares e garganta) deve se tornar hábito.
O surgimento de feridas e lesões que demoram mais de duas semanas para sumirem são o sinal de alerta, assim como sangramentos, caroços, mudanças na coloração ou dor.
Outros sintomas possíveis de câncer de boca, além dos citados, são:
- nódulos nas bochechas;
- irritação;
- sensação de algo entalado na garganta;
- inchaço na mandíbula;
- dificuldade para engolir;
- mau hálito;
- dor para mastigar ou movimentar a língua;
- dentes frouxos na gengiva;
- mudanças de voz.
O autoexame não substitui idas regulares ao médico e também cirurgiões-dentista, que são muito importantes, pois quando diagnosticado cedo e tratado de maneira adequada, pode ser facilmente curado.
A grande questão do câncer de boca está, portanto, em cultivar novos hábitos e, especialmente, inserir na rotina o autoexame. É essencial que ações simples como essa sejam inseridas no cotidiano da população.
Portanto, não deixe de praticar o autoexame em casa, faça com que se torne um hábito saudável para sua vida!