Por que o isolamento social é a melhor saída para redução do contágio por coronavírus

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Isolamento social é considerado, ainda hoje, o meio mais eficaz para diminuir a rede de contágio da Covid-19. Pesquisas mostram que uma pessoa tem potencial para contaminar outras três, em média. Esses três indivíduos infectados transmitem o vírus para outros nove. Os nove replicam para 27. Assim, a progressão faz os casos proliferarem rapidamente, em especial, quando o transmissor ainda não apresenta sintomas.

O entendimento sobre a responsabilidade de cada pessoa na rede de transmissão é fundamental para que não se quebre essa corrente protetiva, evitando milhares de novos casos. Uma das principais formas de proliferação do novo coronavírus é por meio de tosse ou espirro – quando são liberadas gotículas com o agente patogênico que ficam no ar ou sobre superfícies. Um indivíduo pode ser contaminado ao respirar as partículas ou após tocar objetos infectados e levar as mãos aos olhos, ao nariz ou à boca. Quanto menor o contato social, menor a disseminação.

Uma simulação de contágio feita pela BBC mostrou que uma pessoa infectada, ao reduzir em 50% seu contato social, diminuiu seu potencial de contágio de 406 pessoas, em um mês, para apenas 15 pessoas. O cálculo da pesquisa também diz que, a cada cinco dias, uma pessoa com o vírus infecta outras 2,5.

Dessa forma, o distanciamento social compõe um conjunto de ações extremamente necessárias, como a ausência de contato físico entre as pessoas, o que inclui aperto de mão e uma aproximação inferior a dois metros. “Esse recurso não é capaz de prevenir 100% das transmissões, mas por meio dessas simples regras nós podemos desempenhar um papel fundamental no controle da disseminação do vírus”, afirma a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne.

Atenção para os cuidados de higiene que evitam a transmissão do vírus, segundo o Ministério da Saúde:

– Lavar bem as mãos (dedos, unhas, punho, palma e dorso) com água e sabão e, de preferência, utilizar toalhas de papel para secá-las. Além do sabão, utilizar o álcool gel, que também serve para limpar objetos como telefones, teclados, maçanetas e superfícies;

– Usar lenço descartável para higiene nasal. Deve-se cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Caso não tenha o lenço, usar o braço dobrado (e não as mãos) para cobrir o nariz e a boca;

– Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas;

– Separar roupas e lençóis de pessoas infectadas para higienização separada, e imediatamente após o uso. Caso não seja possível, armazenar os itens em sacos de lixo até a lavagem;

– Máscaras descartáveis devem ser usadas por profissionais da saúde, cuidadores de idosos, mães em amamentação, pessoas com o coronavírus ou com sintomas. Pessoas em geral devem usar máscaras de tecido reutilizáveis.

A diretora da Opas também explica que é possível transmitir o coronavírus por pelo menos cinco dias antes de os sintomas aparecerem – um ponto crítico quando se está no estágio avançado da proliferação. “A única maneira de sair dessa situação será se todos fizermos nossa parte”, enfatiza.

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