Os cigarros eletrônicos (também chamados de ‘vapes’) cresceram de forma constante nos últimos anos. Segundo a CNN, os cigarros eletrônicos estão na quarta geração, onde é encontrada concentração maior de substâncias tóxicas. A Anvisa mantém a proibição dos dispositivos devido aos diversos impactos à saúde e reforça a importância da fiscalização do comércio ilegal.
O INCA publicou um estudo em 2021 alertando sobre os riscos dos cigarros eletrônicos, indicando especialmente o perigo de as pessoas passarem a fumar cigarros convencionais após o uso dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs).
“Nossos resultados mostram que o cigarro eletrônico aumenta a chance de iniciação do uso do cigarro convencional entre aqueles que nunca fumaram, contribuindo para a desaceleração da queda no número de fumantes no Brasil”, destaca a coordenadora de Prevenção e Vigilância do INCA, a médica epidemiologista Liz Almeida.
O artigo analisou 22 estudos longitudinais, de diferentes países, totalizando 97.659 participantes da pesquisa para o desfecho de experimentação. Para o desfecho de uso atual do cigarro convencional (uso nos últimos 30 dias), foram analisados nove estudos também de diferentes países, totalizando 33.741 indivíduos. Todas as pesquisas avaliadas nessa revisão sistemática foram publicadas entre 2016 e 2020.
De acordo com o estudo, o uso de cigarro eletrônico aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação de cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro, segundo a pesquisa.
Mas a verdade é que os cigarros eletrônicos expõem o organismo a uma variedade de elementos químicos gerados de formas diferentes. Uma pelo próprio dispositivo (nanopartículas de metal). A segunda tem relação direta com o processo de aquecimento ou vaporização, já que alguns produtos contidos no vapor de cigarros eletrônicos incluem carcinógenos conhecidos e substâncias citotóxicas, potencialmente causadoras de doenças pulmonares e cardiovasculares.
O tabagismo é um dos principais fatores de risco para algumas doenças, como câncer de pulmão, e é responsável por mortes que podem ser evitadas. A única maneira de proteger adequadamente fumantes e não fumantes é eliminar completamente o uso de produtos fumados de tabaco em ambientes fechados.