No tratamento contra o câncer, diversas mudanças surgem no dia a dia dos pacientes e efeitos colaterais são comuns nesta jornada, provocados pelo uso periódico das medicações. Cada protocolo utilizado durante o tratamento impacta de diferentes formas no organismo e resulta em distintos efeitos colaterais.

No entanto, a maioria das reações já pode ser tratada e prevenida. “Para todos os efeitos colaterais, existe alguma medida paliativa, mais ou menos efetiva, dependendo da situação”, explica o Dr. Marcos Santos, chefe do serviço de Oncologia do Hospital Universitário de Brasília. O médico ainda reforça a importância do relato do paciente para que a solução mais adequada seja encontrada rapidamente. Com a orientação correta, os métodos terapêuticos são capazes de agir como verdadeiros aliados dos pacientes na luta contra a doença.

Uma das formas mais eficientes de deixar o médico informado com assertividade e o paciente amplamente amparado durante o tratamento é o uso de ferramentas de monitoramento, como o aplicativo Thummi. A plataforma conta com uma tecnologia avançada e inteligente que dá apoio ao tratamento com a disponibilidade de coleta de dados sobre a rotina do paciente e a realização de testes simples, rápidos e eficientes que verificam a necessidade de intervenção médica, a partir dos seus sintomas relatados.

Saiba mais sobre alguns tipos de tratamentos e seus efeitos

A quimioterapia tem o objetivo de eliminar as células cancerígenas que formam o tumor. Os medicamentos utilizados, na maior parte dos casos, não diferenciam as células malignas das células normais, e acabam por ocasionar uma ação sistêmica no organismo, atingindo tanto as células doentes quanto as sadias. O resultado é o aparecimento de efeitos colaterais normais ao tratamento e podem se manifestar tanto física quanto emocionalmente. Alguns mais comuns neste tipo de tratamento são queda de cabelo, ansiedade, náuseas, vômitos, anemia, fadiga e alterações renais e digestivas.

A radioterapia se utiliza de radiações ionizantes para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Estas radiações não são visíveis e, durante a aplicação, o paciente não sente nada. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros tratamentos. A intensidade dos efeitos depende da dose, da parte do corpo tratada, da extensão da área irradiada, do tipo de radiação e do aparelho utilizado, e da adesão do paciente às orientações dos médicos. Os efeitos indesejáveis mais frequentes são perda de apetite, dificuldade para ingerir alimentos, cansaço e reações na pele.

O que é possível fazer para combater os sintomas

Hoje existem formas de contornar a queda de cabelo, como o uso de touca hipotérmica – um dispositivo capaz de resfriar o couro cabeludo durante a infusão do medicamento. No caso dos enjoos e vômitos, houve um avanço muito grande no desenvolvimento de drogas eficazes para tratar os sintomas. O acompanhamento de um nutricionista também contribui para a redução das reações adversas, por meio de uma dieta mais adequada. Já as feridas na pele, que chegam a atingir cerca de 60% dos pacientes em quimioterapia e até 95% em radioterapia, são minimizadas com produtos livres de corantes, parabenos ou outros componentes potencialmente causadores de câncer e, também, não têm fragrância, já que quem passa por tratamento fica mais sensível a odores.

Em geral, fazer pequenas refeições ao longo do dia, evitar alimentos gordurosas ou frituras, aumentar a ingestão de líquidos e evitá-los durante as refeições, vestir roupas folgadas que evitem a compressão do abdômen e praticar atividade física são algumas das ações que compõem o círculo de combate aos sintomas dos tratamentos contra o câncer.