Conhecer os sinais e sintomas do câncer de pele é fundamental para identificar quando é a hora de procurar um médico.
Hoje, vou falar sobre o que caracteriza esse tipo de câncer que corresponde a um terço dos diagnósticos da doença no Brasil. Todos os anos, o Instituto Nacional do Câncer – INCA registra 180 mil novos casos de câncer de pele.
Apesar do seu tipo mais comum, que é o câncer de pele não melanoma, apresentar baixa mortalidade, a quantidade de casos assusta. Em 20% dos diagnósticos o câncer acaba se espalhando pelo corpo, afetando outros órgãos.
Para reverter esse quadro, é fundamental que todos tenham capacidade de prevenir, identificar e buscar tratamento para o câncer de pele.
O que é câncer de pele?
A pele é responsável por revestir o corpo humano e conta com milhares de células de diferentes tipos e funções. O câncer de pele ocorre quando essas células passam por uma mutação em seu DNA e crescem sem controle, de forma anormal.
A principal responsável por essas alterações no DNA é a radiação ultravioleta. Por isso, a incidência dessa doença tem origem na exposição solar sem proteção. Quanto menos a pessoa se protege, mais ela corre o risco de ter a doença, já que na maior parte das vezes o câncer de pele é resultado da exposição de anos.
O diagnóstico da doença em jovens adultos é algo vindo como uma consequência da exposição solar intensa e sem proteção durante os primeiros anos de vida. Em média, 80% da radiação ultravioleta acumulada em nosso corpo é processada até os 20 anos de idade. Essa radiação, aos poucos e gradualmente, modifica o interior das células e afeta a reprodução delas.
A recomendação preventiva geral é que todos usem o protetor solar diariamente e evitem a exposição nos horários de radiação intensa, entre as 10 e as 16 horas (ou entre as 9 e as 15 horas durante o horário de verão).
Além de pegar sol sem proteção, há fatores genéticos envolvidos no desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, se alguém da sua família já sofreu com o problema, atenção redobrada! Realize exames periódicos para prevenir ou tratar a doença a tempo.
Outros fatores de risco são: pele clara, pele com sardas, olhos claros, baixa imunidade, histórico de já ter passado por um câncer.
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Sintomas e tipos de câncer de pele
Os sinais da doença variam de acordo com seu tipo. São eles:
Carcinoma basocelular – É o tipo mais comum da manifestação da doença, responsável por 70% dos casos. Tem esse nome devido à sua constituição por células basais, comuns da pele. Apesar da multiplicação de células desordenada, dificilmente o carcinoma invade outros tecidos corporais pois cresce muito lentamente. Costuma aparecer em áreas como nariz, canto dos olhos, pescoço e no rosto em geral. Aparecem como uma ferida que não cicatriza, em cores branca, rosa, bege ou marrom, e sangra com facilidade.
Carcinoma espinocular – Essa variação da doença costuma ocorrer no couro cabeludo, no pescoço e no dorso das mãos. Também pode se manifestar nas membranas mucosas e genitais. Apresenta-se como uma mancha ou nódulo que mostra efeitos da exposição solar na pele, tem cor avermelhada, aspecto endurecido com descamação, cresce em poucos meses e não cicatriza.
Melanoma – Pode atingir pele, olhos, orelhas, trato gastrointestinal, membranas mucosas e genitais. Fique atento ao aparecimento ou à mudança de manchas ou pintas. Podem ser de aparência incomum e incluir coceira, vermelhidão, sangramento e não cicatrização.
Conhecer os sintomas do câncer de pele é o primeiro passo para identificar. A prevenção salva vidas!
Até a próxima!